domingo, 31 de maio de 2009

Caligramas

“Ler poesia é ler com o coração”. Digo tantas vezes isto que já não sei se ouvi esta frase em algures, ou se a criei. O importante é que sinto que a fiz sentir.
As crianças começam por sentir prazer por ouvir ler. Só se sentirem este prazer, sentirão vontade de o conseguiem por si próprios, manipulando este sentimento. Ler é descobrir um novo mundo, é entrar nele; é compreendê-lo. Ensinar a compreender poesia é alimentar o gosto pelo ritmo, pelo som, pela sonoridade da língua. Ensinar a ler poesia é ensinar a compreender uma linguagem poética e simbólica, é demonstrar o poder da linguagem, nos seus sentidos literal e figurativo.
Mas nesta sessão fomos para além da capacidade para ler, interpretar, ouvir e dizer poesia. Tivemos oportunidade de brincar de uma forma diferente. Em primeiro lugar, tomamos consciência de que a poesia pode ser musicada. Depois, e foi algo novo para estas crianças, explorámos os valores visuais da poesia a partir da disposição gráfica das palavras, criando poesia visual em forma de caligramas. Foi uma forma de experimentar, para além dos valores sonoros, melódicos e rítmicos, os valores visuais e lúdicos associados à poesia.
Planificação
· Contextualização da tarefa: Objectivo da aula “Poesia para ver, brincar, ouvir e dizer “;
· Antecipar conteúdos com base na imagem da capa: Qual poderá ser o nome deste livro de poemas? Quem poderá ser o/a autor/a?;
· Leitura de poemas por grupos de 3 alunos "O Canto dos bichos", de Luísa Ducla Soares;
· Exercícios de completamento de rima de poemas e comparação com o original: trabalho realizado pelos grupos;
· Trabalho de construção de jogral de cada um dos poemas pelo grupo;
· Recitação em jogral do poema por cada um dos grupos;
· Releitura em coro (professora/alunos) de um dos poemas;
· Exercícios de escuta: audição dos poemas musicados
· Construção de efeitos visuais (poesia visual em forma de caligrama) para cada um dos poemas.


No final fizemos um painel, na entrada da nossa escola, com os trabalhos das turmas do 2º, 3º e 4º anos, envolvidas no PNEP










A professora Filomena Sobreiros - 3º ano

Com algum atraso...

Apesar de terem sido abordados estes conteúdos há algum tempo, gostaria de partilhá-los aqui, por terem sido experiências enriquecedoras de ensino/aprendizagem.



5ªsessão tutorial - Um bom desempenho na leitura e na escrita é um dos principais factores do sucesso escolar. Ler é mais do que decifrar letras, é processar uma mensagem reconhecendo o seu significado preciso. Um ensino explícito e consistente levará a que os alunos se apropriem de estratégias sistematizadas.


Competências a desenvolver
· Exprimir-se de forma confiante, clara e audível, com adequação ao contexto e ao objectivo comunicativo;
· Intervir, oralmente, tendo em conta a adequação progressiva a situações de comunicação;
· Experimentar múltiplas situações que desenvolvam o gosto pela escrita e pela leitura;
· Conhecer vocabulário diversificado;
· Escrever com correcção ortográfica e caligráfica;
· Praticar o aperfeiçoamento de textos escritos;
· Apreender o sentido de um texto com lacunas;
· Praticar jogos de palavras (leitura e escrita);
· Consultar listas de palavras.




6ªsessão tutorial -O grande objectivo desta sessão foi ensinar como usar estratégias de aquisição lexical na leitura e precisão lexical na escrita. As redes semânticas associadas a palavras são actividades que estimulam o estabelecimento de redes semânticas, contribuindo, assim, para o aprofundamento do conhecimento lexical das crianças. Usar mapas semânticos para construir comparações pode auxiliar a compreensão de leitura ou operar como actividade preparatória da escrita.



Planificação
· Contextualização da tarefa: trabalhar a partir da personagem principal do momento da História de Portugal estudada pelos alunos (área de Estudo do Meio)
· Audição de um CD alusivo ao Rei D. Afonso Henriques.
· Actividade 1: Construção de um mapa semântico a partir das palavras - “D. Afonso Henriques”.
O jogo do Sabe Tudo: -Formar equipas; -Cada equipa escreve numa folha palavras relacionadas com D. Afonso Henriques; - Ganha a equipa que consiga escrever mais palavras. O mesmo grupo produzirá um pequeno texto utilizando as palavras do seu mapa semântico. Um elemento de cada grupo lerá o texto aos restantes colegas.
· Actividade 2: A partir das palavras “D. Afonso Henriques”, estabelecer comparações de acordo com as características reconhecidas pelos alunos. Este trabalho será feito colectivamente, no quadro e numa ficha de trabalho preparada para o efeito.









No final, fizemos um belo cartaz!









7ªsessão tutorial - Espera-se que a escola desempenhe um papel relevante na aprendizagem da leitura e escrita. É portanto seu papel ensinar explicitamente a retirar informação contida num texto escrito, aceder ao seu significa
do. Os alunos requerem uma aprendizagem explícita e consciente, aprendendo estratégias específicas para abordar textos.

Objectivos a atingir
·
Desenvolver a expressão oral, expressão escrita, criatividade;
· Desenvolver explicitamente estratégias de compreensão na leitura;
· Desenvolver a auto-monitorização consciente e deliberada, por parte das crianças, na abordagem de um texto;
· Aplicação das estratégias de monitorização da leitura apropriadas pelas crianças na interpretação escrita desse texto.



Planificação
· Contextualização da tarefa: Objectivo “Vamos aprender a ler” - utilização de estratégias para abordar um texto;
· Audição do texto por parte do professor;
· Preenchimento das referências bibliográficas do texto (depois de reconhecido como um trecho da obra já conhecida “O segredo do Rio”);
· Interpretação oral do texto, sempre com o objectivo explícito de uma monitorização consciente por parte das crianças: a. Activação do conhecimento anterior sobre o tema da água; b.Criação de uma imagem mental do que foi lido: percurso do rio, casa do rapaz; c.Adivinhar o significado de palavras desconhecidas através da leitura da frase onde estão inseridas (parreira, copa, densa, cascata…), ou através da família de palavras a que pertencem (serpenteava, arrozais). Se necessário, usar o dicionário; d.Retirar a informação mais importante de cada parágrafo, traduzindo-a em poucas palavras; e.Sublinhar palavras-chave em cada parágrafo, destacando informação; f.Tomar consciência de que há partes do texto (frases ou parágrafos) que deve voltar a ler para perceber melhor.
·Leitura do texto por alguns alunos;
·Interpretação escrita do texto: trabalho individual;
·Transpor a informação contida no texto para desenho.







Professora Filomena Sobreiros

Turma 3ºano

MAIS UMA VISITA...

No dia 27 de maio recebemos a visita do pai da Ana Isabel, o Sr. Salvador.

Veio mostrar-nos fotografias da visita que a família fez à barragem do Alqueva num fim de semana de Abril. Toda a família da Ana Isabel se reuniu e foram passear. Agora nós pudémos partilhar esses momentos, com a explicação do sr. Salvador.



Depois de ficarmos encantados com paisagens belíssimas do nosso país, ainda fomos presenteados com uma selecção de fotografias que preparou para nós. Eram imagens de animais, do mar e de outros elementos da natureza que este sr. acha merecedores de um registo. Aprendemos que, por vezes, imagens que consideramos banais, se tornam fotografias tão belas...


Olhem bem para este limão...Parece um touro, não parece? O que nós nos rimos...



E o melhor de tudo é que já podemos utilizar o nosso quadro interactivo. É diferente de vermos no computador da professora, como era habitual quando ela nos queria mostrar qualquer coisa.
Agora podemos todos ver ao mesmo tempo e com um écran maior. Viva o luxo...
Turma do 3ºano

terça-feira, 26 de maio de 2009

Caça ao erro - "A Bela Desaparecida"

Estamos a ler, na sala de aula, o livro "A Bela Desaparecida". Conta que uns meninos na praia da Figueira da Foz, começaram a ler um livro, mas a certa altura as páginas ficaram todas em branco. Foram falar com os pais que pensaram que havia um erro de impressão.


Mas nós, que lemos a obra completa, sabemos que algo de muito grave se estava a passar no Reino da Fantasia... Lê também tu o livro e descobrirás! Vais divertir-te, pois é muito engraçado.


Nesta aula, a nossa professora mostrou-nos um texto muito esquisito. Era precisamente a primeira página do livro que andamos a ler... mas...desta vez, estava cheio de erros...eram mesmo erros de impressão!

Pediu-nos ajuda, e nós...mãos à obra, toca a descobrir os erros e a pô-lo certinho, como deve ser!




Depois estivemos a reflectir sobre a razão de tanto erro!





O trabalho até foi divertido! Não escapou nada, foi tudo revisto...!




Mas o melhor ainda estava para vir...! Agora que todos temos na sala o computador Magalhães, na parte da tarde estivemos a passar o texto.

Turma do 3ºano

E os ensaios decorrem...

Os ensaios da peça "A revolta dos micróbios" do 3ºano decorrem muito bem. Os actores estão bastante empenhados.


A cena passa-se no dentista. O João só come doces, e o dentista bem o aconselha a mudar de atitude!

As bactérias combinam atacar....
Cuidado, João!
Turma do 3ºano.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Experimentar o teatro...

O que fizemos nesta aula:

· Falámos sobre textos narrativos, o tipo de textos mais conhecidos por nós: o narrador, as personagens e a forma como elas são apresentadas, os acontecimentos, a forma como são narrados…

· Fizemos a leitura, em grupos, de vários textos para teatro: “Teatro às três pancadas”, “A viagem das três gotinhas de água” e “A revolta dos micróbios”.


· Fomos descobrindo, aos poucos, uma série de diferenças entre este tipo de textos e os outros, os que já conhecemos tão bem…




· Lemos uma ficha informativa sobre o que são textos dramáticos ou textos para teatro.
Aprendemos muito…

· Dialogamos sobre as diferenças entre os textos narrativos e textos para teatro







· Falámos do mundo do teatro: idas a espectáculos teatrais, dramatizações/representações realizadas em contexto escolar, termos relacionados com o teatro, como: palco, bastidores, plateia, actor, encenador, cenário, adereços, guarda-roupa…

· Preenchemos, em conjunto, uma ficha de trabalho sobre as diferenças entre estes dois tipos de texto












· E pronto… Agora a professora despertou-nos o interesse por este mundo. Gostávamos de ir ao teatro, mas enquanto isso não acontece, porque não ensaiarmos a nossa própria peça? Vai ser um desafio diferente…


Recursos

terça-feira, 5 de maio de 2009

Aula 11 - Dispositivos didácticos para o ensino do processo da escrita

Sequência didáctica - Texto para Teatro

A proximidade temporal entre as sessões tutoriais e as aulas assistidas determina, na maioria das vezes, uma preparação “acelerada” e nem sempre “amadurecida” dos temas a serem abordados nas nossas aulas. Mesmo assim, as experiências realizadas ao longo deste número já longo de aulas assistidas, tem sido bastante positivas e enriquecedoras, quer para os alunos quer para o professor. Esta não foi excepção.

Depois da sessão tutorial de quarta-feira, esbocei uma sequência didáctica que me permitisse fazer a introdução do texto para teatro no seio da minha turma. Na quinta e na sexta-feira, os alunos puderam ler e analisar vários textos de teatro, descobrindo progressivamente as diferenças entre o texto narrativo e o que lhes foi apresentado pela primeira vez.

Estas duas sessões iniciais serviram de base à aula assistida da segunda-feira seguinte.

Com a presença da formadora, o professor começou por fazer uma pequena introdução ao trabalho que iria ser desenvolvido ao longo daquela aula, nomeadamente às diferenças existentes entre o texto narrativo e o texto para teatro, registando essas marcas no caderno diário.

Seguiu-se a distribuição do texto da “Gata Borralheira” a todos os alunos para a devida preparação. Depois de terem lido o texto silenciosamente, foram distribuídas as personagens e todos os alunos puderam desempenhar um papel nesta peça. Os grupos foram-se sucedendo e a qualidade quer da leitura quer da interpretação foi representativo do à vontade que os alunos iam demonstrando perante o tipo de texto que se encontravam a trabalhar.

Após um pequeno resumo do que já tinham aprendido até ao momento, termina a aula de segunda-feira.

No dia seguinte, os alunos, em conjunto, criaram a cena V da peça em questão, respeitando as regras aprendidas nas aulas anteriores. Foi este o resultado do trabalho destes alunos do 2ºAno.


No último dia dedicado exclusivamente ao texto para teatro, os alunos procederam à recolha e seriação do material produzido ao longo destes dias e elaboraram um painel alusivo a esta temática, com a inserção de fotos e de desenhos coloridos pelos alunos.



Uma sequência didáctica na qual os alunos se apropriaram de critérios de construção deste género textual literário, compreendendo que ele é formado pelo texto principal, com uma forma específica de organização textual, que é o diálogo, e pelo texto secundário, que são as didascálias. Uma abordagem preparada para uma turma de 2ºAno que correspondeu muito bem às tarefas propostas pelo professor.


Turma do 2ºAno



segunda-feira, 4 de maio de 2009

Visita à Batil




No dia 20 de Março, de manhã, a nossa turma foi visitar a Batil, que é uma fábrica de tesouras do pai do José Francisco. Fica situada aqui em S. Clemente de Sande.
O sr. José veio receber-nos e levou-nos a visitar toda a fábrica.É grande e barulhenta, por causa das máquinas enormes e perigosas que lá estão. Mas nós tivemos imenso cuidado...
Mostrou-nos tudo e explicou-nos todo o processo de produção das tesouras. É um trabalho muito complicado e moroso.Não imaginávamos que desse tanto trabalho fazer uma tesoura!
O sr. José foi muito simpático, paciente, cuidadoso e atencioso com todos nós. No final até nos levou a ver os aquários que tem numa sala da fábrica, com peixes espectaculares! E até lhes demos de comer!
Adorámos esta visita à Batil.

Texto colectivo do 3º ano